— Desafio a qualquer um a ler o relatório de Anastásia e ver onde está demonstrada relação de causa e efeito entre decretos de suplementação e rompimento de meta fiscal. A queda da receita é que sinalizou que a meta fiscal não seria atendida. Não houve, portanto, ilícito. E mesmo assim, a meta fiscal não foi ferida, pois o Congresso a alterou; aliás, como todos os governos fazem — disse.
Cardozo também negou os atrasos de repasses a bancos públicos fossem empréstimos, como acusam os defensores do impeachment.
— Atrasar pagamento é empréstimo? Tanto no caso dos decretos quanto nas pedalada, o TCU admitia aquilo. Mudou de opinião depois, e o governo passou a seguir o novo entendimento e não houve mais novos decretos nem pedaladas. Está-se punindo a presidente por algo retroativo — afirmou.
Pecado original
Para o defensor de Dilma Rousseff, o processo de impeachment começou com um pecado original, que foi o desvio de poder praticado pelo ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo ele, o processo só foi aberto por vingança do parlamentar.
— Está sendo condenada uma mulher honesta e inocente, uma injustiça histórica. A histórica escreverá o que aconteceu e, quando meus netos perguntarem de que lado eu estava, direi que fiz o possível para defender a democracia e a Constituição — finalizou.
Fonte: Agência Senado, 12 de maio de 2016.